DO OLHAR DE DENTRO E DE FORA!

Daquilo que se vê e espera

Fero aperto pelas beiradas do coração

Sobre a ponte que liga, talvez desliga...

Sob aparelhos que respiram a alma

Na falta de ar que a emoção convence

Vence, feito parapeito no prédio distante...

Escura nau que aporta naquela Ilha

Que dista do ponto exato do coração carente

Daquilo que se vê e espera

Cálidas manhãs de noturno desespero

Efêmero na parcimônia do tempo passado

Ao passo que leva ao escuro diurno da manhã

No cinza do acaso, a mão que balança teu colo...

Talvez a ponte perdida da paixão aflita

Amarras na larga vela que enfunam a nau

Na tez que compraz essa alegria que o olho sente

Daquilo que se vê e espera

Na paciência que se pede ao tempo

No levantar para a vida todos os dias

Faz das próprias pernas seguir todos os caminhos

Todas as esperanças que se plantam no coração

Faz olhar o dentro de cada um, para o olhar de fora...

Do seguir nas tormentas com o espírito forte e vivo

Sem as misericórdias como um traste ou pingente

Daquilo que se vê e espera

Ter e ser um ente querido e afável

Flores que libertam o espírito nos passos da vida

Sem temer os amargos que surgirão na alvorada

Crer na virtude do ser e no humano de ser

Repensar cada segundo, sem achar que é o último...

Navegar no bom da vida, e por todo o universo...

Cravar partituras para amigos ouvintes

O olho que vista a praia com bons fluídos, mesmo antes da tempestade!

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 29/11/2005
Reeditado em 20/09/2006
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