Terraço na fronte da Babilônia...

Terraço na fronte da Babilônia

O jônio que flertava com os deuses

Fez das relíquias dos tempos, os fatos

A real sede do bom saber

Partituras que atravessaram séculos

Achados dos tempos imemoriais

Tal qual fosse a forma ou tintas

Tantos couros, madeiras, placas

Vasos e refinados papéis

Alguma cinza ressequida inda há de reaparecer

Talhados, entalhes, ourivesaria

Cálculos simétricos, geografia

O tempo, o solo, astronomia

Quanto se poderia mais falar e aprender

Cápsulas que o verniz do bárbaro

Sobre a rudez da montaria solerte

Nas vagas e cordilheiras sobrepos

Pelos cantos que a descoberta reluz

Da face que oculta a pedraria

Manchas lascasdas sobram pelo portal

Do olhar que o mar ainda morto

Vestígios da Arcádia, outra Atlântida

Mensagens grafadas no cano da garrafa

A veloz simetria que a voz emana

Contadores que carregam tantos passados

Alguns milênios nas finas pelílucas

Ao cabo de mais um passeio

Do abrir um outro novo livro

O sorriso enfante da travessia

Olhares sintéticos pelo cordão, um corte umbilical!

Vaguei entre lágrimas por uma biblioteca e chorei o livro fechado.

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 29/11/2005
Reeditado em 20/09/2006
Código do texto: T78474
Classificação de conteúdo: seguro