Este barulho vindo
Da janela.
Barulho de chuva
Lenta, incessante.
Deve correr pelo chão.
Molhar as plantas.
Caindo, chorando,
permanente e intenso.
Uma cachoeira...
O vento frio que persiste
Mas deixo a janela aberta, para ouvir
este barulhinho bom.
A natureza insiste.
Arrepia minha pele.
Posso até chorar, silenciosamente.
Águas que correm,
De uma nuvem chorosa,
Na face o ébrio fervor dos dias que passaram
ilesos...
Som que resplandece, na solidão... exatidão.
Tão nítido este espetáculo, sem cor
Sem brilho...
Só águas que correm
Pelo meu caminho.