Este barulho vindo 

Da janela.

Barulho de chuva 

Lenta, incessante. 

Deve correr pelo chão. 

Molhar as plantas.

Caindo, chorando,

permanente e intenso.

Uma cachoeira...

O vento frio que persiste

Mas deixo a janela aberta, para ouvir

este barulhinho bom.

A natureza insiste. 

Arrepia minha pele.

Posso até chorar, silenciosamente.

Águas que correm,

De uma nuvem chorosa,

Na face o ébrio  fervor dos dias que passaram

ilesos...

Som que resplandece, na solidão... exatidão.

Tão nítido este espetáculo,  sem cor

Sem brilho...

Só águas que correm 

Pelo meu caminho.

 

Ana Pujol
Enviado por Ana Pujol em 27/07/2023
Reeditado em 27/07/2023
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