Etna
Não me sai da cabeça/
Quando horizontal/
Te vi sobre mim/
Com os olhos cerrados/
Com os lábios ofertados/
Sob um voo/
Numa erupção/
De perder o juízo/
Sincronizada num ir e vir/
De tantos segundos/
Que você sussurava meu nome/
Numa fome voraz a me sentir/
Seus cabelos adornados de ouro a luzir/
Quais oscilavam num balanço de remanso/
Dois corpos num espaço/
Desmistificando a lógica/
Da química no mormaço/
Via o teu suor, em larvas de devaneio /
Descerem pelos teus seios/
Cuja boca enlouquecida deste passivo/
Não tardará a tomar/
Aquela tarde manhã/
Forjada pela febre do desejo/
Que excitava você de mim/
Num frenesi/
Sem chances de parar/
Harmonizou todo o nosso sentir/
Num encaixe perfeito/
Envolto no chão daquele leito/
Você se dizendo amada/
Estava devidamente alimentada/
Sob o extase de sucessivos gozos/
Sem sequer, querer identicar o fim/