Vertentes, magnetos & espirais!

Da pedra que se faz faísca

Vórtice terreno da volúpia

Barra a forma em liquidez

Verga pela seita em formas rúnicas

Gelo na ponta de Marte expia

Desloca-se nas espirais da centúria

Pelas tápias que soçobram no vasto mar

Anos-luz de espera pela vida

Outros tantos para rodar o corpo

No socovão uma letra escarlate atina

Átomos se dissolvendo nos Sargaços

Mais halogênios na água de hoje

Escancarados pelo vaso todos os dias

Leitos que arrefecem abaixo das matas

Temos algumas sobras por aqui

Que em vil metal se transformarão

Pela libido da essência animal

Ao custo de tanta degeneração

Do salgado mar ainda voltaremos

Para tirar novos leitos para sobrevida

Enquanto batendo nas siderais distâncias

Tentar repor aquilo que consumimos

Desta água que me toca a vida

Centelha afoita em tempos arcanos

Vislumbres para novos tratados

Expia para aportar em novos destinos

Leva o velho pirata em fragatas titânicas

Para onde ainda é impossível olhar...

Sorver da água um doce lamento

Enquanto a voz que ronda o tempo

No uivo latino que o mundo argúcia

Latentes são as vertentes que tocam o mar

O pirata lamenta aquilo que se dispersa

Enquanto busca na vastidão o bom da vida!

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 29/11/2005
Reeditado em 20/09/2006
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