Consignações, Mercados & Lamúrias!

Boca pintada, retoque, finta

Sentinela de lastro & freixos

Partituras para pedras lascadas

Na labareda úmida da noite

Gris é o olhar volátil

O foco encarnado em potes & poções

Verniz pela pele da porta afoita

A lágrima partida de uma criatura

No uivo negro que toca a Lua

Velas recolhidas, outro lume arcano

A tília que os transtornos aceita

Lápides sem credos ou postagens

A fome corroendo, seja lama, seja areia

Água virando o vil metal

Parelhas latinas indo para a guerra

Na folha o índio viu o futuro

Do estrangeiro um cúmplice nas docas

Facínoras legislando em causa própria

Da mansão, ratos rindo com a poluição

A casta que goza da areia nos olhos

Que nós, párias tocamos o bonde

Um sinal fechado, idade avançada

Outro sinal, pouca idade e sem experiência

- Venha, compre, leve, pague depois...

Já tomaremos até a sua alma

Esmolas sem incidência de impostos

Donativos destruindo a capacidade de produzir

Um legado para os tempos da areia

Novas guerras para limpar o mundo

Mas quem vai trabalhar afinal?

Escravos importados do espaço...

Só falta começarem a chegar...

Um aviso na porta de saída:

Para cima, só sangue bom...

Na nova safra de asfalto

Outro furo na velha camisa

Costelas a preço de banana...

Banana, hummm! Cadê o seu sabor?

A boca sedente de um beijo,

Mal contém-se com o calor do teu corpo

A mão que afaga a garganta

Esquálida, sem força, tenta...

Mas é uma vaga lembrança...

Corisco revirando no túmulo

Os abolicionistas rasgando o corpo

O escravo virtual está de volta

Real, sem nenhum dos antigos sentidos...

Basta ligar a pilha atômica...

A nau prepara seu lançamento na velocidade da luz para os mares de Nova Andrômeda!

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 29/11/2005
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