CRISE

Suas flores são velhacas

Como os cantos destes baixos.

Nem palmeiras, nem coqueiros

Se levantam aos teus silvos.

Ora, não me venhas com essas flores.

São dores de seu próprio delírio,

Fatigadas, por suas notas decadentes.

Sim, és uma crise.

Crise metafísica que faz tua sina

Derramar lodosa seiva

Entre bons caminhos,

Que outrora nem espinhos tinham.

A chuva cai

Talvez limpe a tua imagem

Deste mundo.

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 25/03/2005
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