CRISE
Suas flores são velhacas
Como os cantos destes baixos.
Nem palmeiras, nem coqueiros
Se levantam aos teus silvos.
Ora, não me venhas com essas flores.
São dores de seu próprio delírio,
Fatigadas, por suas notas decadentes.
Sim, és uma crise.
Crise metafísica que faz tua sina
Derramar lodosa seiva
Entre bons caminhos,
Que outrora nem espinhos tinham.
A chuva cai
Talvez limpe a tua imagem
Deste mundo.
Peixão89