GOSTOSA

Um certo dia incomum aos mortais, chamei ousadamente Elisa Lucinda de GOSTOSA !

Era uma manhã bem cedinho onde o sol tostava gotas do orvalho que a madrugada com sua sabedoria compusera

Sei que nada entendo de Semiótica mas como ignorante que sou nessa área, posso afirmar que chamar uma grande mulher de gostosa - tem para mim um grande significado !

Não me referi aos atributos femininos de Elisa Lucinda ao dar - lhe a ela o título de GOSTOSA !

Sei que essa palavra tem seu viés SEMIÓTICO, mesmo sendo um ignorante em Filosofia !

Naquela manhã, após degustar uns poemas de ELISA diante do testemunho de um raro Amanhecer, esse instante se compõe como uma oração poética pois uma fruía de corpo e alma versos dessa mulher

Em Estado de Poesia, eu disse para alguns que de mim estavam perto.

Com todo o meu peito cheio de poesia após Fruir alguns dos seus poemas pronunciei forte e decididamente o adjetivo GOSTOSA !

Sei que os poucos seguiram um olhar excludente de quem de mim pensou ser essa atitude minha um desdobramento !

Eu sei a minha luta diária, que por me reconhecer machista não só porque não bato e não traio a mulher com a qual convivo por três décadas e com ela já pedi perdão, constantemente desestruturo o meu ridículo machismo, e confesso que sinto um prazer medonho a me desconstruir como rotina e perceber que ainda existe um cabedal de relíquias machistas, racistas, misóginas e homofóbicas !!

Reconhecer - me com tais atributos é perceber meio caminho andando pra estabelecer mudanças significativas

Sei que entre significante e significado, a Semiótica está em seu lastro mais comum.

Infelizes são os ignorantes que se pronunciam perante um momento tão raro quanto o de chamar uma Poetisa Elisa de Gostosa após a fruição de seus textos que fiz, faço e continuarei fazendo como se recitasse uma reza, como se cantasse uma oração, como se estivesse compondo os versos das minhas andanças e que diante de um altar majestoso, esses poemas coloriram o ar que eu respiro cotidianamente.

Infelizes são os que da poesia nada sabem fruir, deleitar-se, envolver-se e degustar de um pequeno ou grande texto Poético. Infelizes são os que nada sabem se envolver sentindo, chorando, sorrindo, gozando ... Existindo!

Infelizes são os que não sabem que sentem fome de poema e que anêmicos por falta dessa boniteza, são vivos - mortos que perambulam por cemitérios invisíveis

Infelizes são esses das Esquinas Cotidianas que da sua vida apenas SUB VIVEM sem nunca entender ou saborear da leitura, da fruição de um texto Poético dessa grande Poetisa Elisa Lucinda

Gostosa sim !

E por que não ?

Gostosa porque emana das entranhas da sua alma as cores e cheiros de poesia, de alegria, de criticidade e de Boniteza.

Felizes são os que saciados estão da fome do feijão, da sede da água doce e fria e saciados estão da fome e da sede de Poesia, de Beleza e de Bonitezas

Não quis relatar o tal caso GOSTOSA

com essa mulher negra e bonita, já que esse episódio tomaria tempo com o qual eu pude deleitar - me quando com Elisa Lucinda estive.

Preferi usufrui do pouco tempo que ao lado dela estive, falando de outras coisas mais divinas do que esse mal entendido SEMIÓTICO

Preferi abraçá-la com toda a minha admiração, respeito e carinho essa grande mulher!

Uma mulher que muitas outras mulheres que nada entendem de Semiótica, ou de serem chamadas Poeticamente de Gostosas, poderiam aprender a sorrir com a vida de maneira poética e não levar tão a sério um desabafo tão bonito, sincero e acima de cheio da grandeza do que Realmente se pode chamar de Boniteza!

Que Outras Elisas Lucindas com a Poeticidade de ser verdadeiramente gostosas, possam enfeitiçar e embelezar o mundo com seus rastros com sementes perfumadas para podermos sonhar sem distopias vulgares!

Enquanto tivermos mulheres e homens que se incomodam ao saber que uma mulher foi chamada Poeticamente de GOSTOSA, não teremos cores e cheiros na atmosfera

do planeta como nível civilizatório em lugar nenhum.

Será sempre um exercício distópico se essa gente de pensamento raso no limiar de um novo tempo, nao mude

e apenas sub - viva de maneira a crítica, dogmática, comum rodeada de tolices e bobagens

Mas, só muda quem da vida sabe alicerçar com as nuances de uma existência robusta e nutrida da Boniteza do que realmente é Poético com base nos exercícios de Leveza!

Raimundo Carvalho
Enviado por Raimundo Carvalho em 24/07/2023
Reeditado em 25/07/2023
Código do texto: T7845006
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