O ESTRANHO...
Ao meu filho Massimo Ricardo De Benedictis Junior, poeta, cantor, violeiro, compositor e jornalista, meu primogênito e sucessor, com carinho...
Eu o encontrei um tanto envelhecido
a roupa suja, rôta e desbotada.
A face triste, alma derrotada,
marcas visíveis do amor perdido.
Não me reconheceu tão prontamente.
Olhou-me, assim, com um olhar estranho.
Sua aparência me lembrou o banho,
no cheiro que exalava fortemente...
Aos poucos, na sua fisionomia
um pálido sorriso estampado.
Seu rosto em espelho antigo e destroçado
uma caricatura refletia...
Tentei que ele então reconhecesse
o velho amigo, amigo de infância
e apelei, então, a toda instância:
Não houve argumento que valesse...
Ao relembrar os fatos do passado,
nada mudou em sua fisionomia.
Aquele estranho em sua fantasia
é a lição que a vida nos tem dado...