Dá-me a tua mão
Dá-me a tua mão
Dá-me a tua mão e envolve-a comigo
Não estás só, sente esta pulsação de quem é amigo
Ergue os olhos ao Céu tão azul e imaculadamente bonito
Entrega o sofrimento teu ao Divino que Ele ouve o grito
Dá-me a tua mão que a minha está aberta para te acolher
Dela nascem flores quando das tuas lágrimas chover
Uma floração cheia de perfume leve e esperançoso
Uma aragem suave como carícia de um vento sedoso
Dá-me a tua mão que a tristeza não tem vitalidade nem raízes
Somos momentos, e neles tantos que ganhamos do nada assim felizes
Sabes, tudo é belo e grandioso se os teus olhos assim o quiserem
Nada como o ar puro silêncioso para convidar as felicidades que vierem
Dá-me a tua mão e ouve as palavras que te dou como quem te beija no rosto
Guarda-as no coração com o silencio que sou e que seja a teu gosto
Luísa Rafael
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Porto, Portugal