VIA LÁCTEA
Olha, há uma estrela ali,
Tímida em brilho,
Quase sem lume,
Quase uma anã,
Que ao esgueirar se pela abóbada,
Celestial demência,
Carrega seu séquito miudo,
Seu colar de contas,
Rodopia leve e harmônica,
Como se a buscar abrigo,
De alguma chuva de detritos.
Seus rodízios embriagantes,
São simples etinerários cósmicos,
Que passam indiferentes,
Pela lustrosa estrada leitosa.