VIA LÁCTEA

Olha, há uma estrela ali,

Tímida em brilho,

Quase sem lume,

Quase uma anã,

Que ao esgueirar se pela abóbada,

Celestial demência,

Carrega seu séquito miudo,

Seu colar de contas,

Rodopia leve e harmônica,

Como se a buscar abrigo,

De alguma chuva de detritos.

Seus rodízios embriagantes,

São simples etinerários cósmicos,

Que passam indiferentes,

Pela lustrosa estrada leitosa.

Ita poeta
Enviado por Ita poeta em 21/07/2023
Reeditado em 30/07/2023
Código do texto: T7842096
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