Almas leves
Pensei no dente de leão com seus filetes feitos de quase nada, com punhados de beleza.
Exímios bailarinos do ventos, tão difíceis de se pegar.
Pensei na pena e na espuma igualmente difíceis de manter nas mãos abertas sem que ganhem o ar.
Pensei na pena e na espuma tão difíceis de se manter nas mãos fechadas sem suas formas deformar.
Pensei então que talvez ao meu olhar só exista um jeito de se levar as almas leves, que é lá bem dentro do coração. Aquele lugar que sendo sadio, não aperta, não tem porta, mas tem varanda com rede e violão.