dedos das serpentes
Nos momentos inoportunos, a inquietação
se move para o labirinto que a fechadura
é a própria porta, às margens da cidade
ainda imberbe, onde o batom vermelho
fala mais das mulheres do que suas confissões no quarto.
Não a adentro, pois este espaço já foi tomado
Pelo silêncio delirante e a lepra de sombra e prata
Já falam com os ouvidos do tempo
diante do fogo antigo, jovens gritam,
E seus sonho desfalecem quando o pensamentos
Lhes toma a cantiga sacra e os joga no mar,
os mortos nos bancos das praças, falam
O que não se atreveu a por em vida, boca
Ondulada na esmeralda bordada do fruto
amargo, sua língua é um bicho de metal e
Se espicha até á arvore onde o homem
subiu em algum momento onde terra
lhe punha medo, no sexo das pedras, a vida
escorrega por entre os dedos da serpente,