Descortina-se a noite!

A lua enche os olhos de luz!

Da varanda observo um amontoado de estrelas caindo sobre os meus sonhos!

A vida, lá fora, parece estar suspirando!...

Aqui dentro insiste um tanto de saudades que ferem a hora no triste enredo de fim de dia!

Quase nada mudou ou

tudo está diferente na penumbra da sombra do passado!

Entrefalo tristemente por ver tantas entrefolhas da nossa história!

Sei que a noite findará repetindo a solidão com os meus

olhos cansados de ir e vir buscando o seu rosto!

Vou espiar um resto de beijo marcado no meu rosto com a sutileza da brisa para suavizar esta insana expiação!

Horas não passáveis!...

Sofridas angustias acompanhadas no tiquetaque do solitário coração!

Encortina-se a donzela noite!

©Balsa Melo

07.04.07

Brasil