o escuro dos dias felizes

Na carne, ainda entremeada de dúvida, pulsa

O amor com sua dor deslumbrante,

Sou um rio sobre um muro indolente, e

A mulher me diz, sou o teu calor, sou parte

Desse veio aberto nessa pedra que te sustenta,

Então me desdobro em um frondosa árvore

Plantada numa xícara, sinto na superfície do

Presente o tempo ainda derramando no

Coração da terra, já não sou como antes,

Emborcado o vulcão como uma vulva que

Arde á beira do precipício, grito aqueles dias

Azuis, aqueles que sol fazia do corpo o

Aroma de nossos corpos, não quero que

que seus olhos me arrebente o sexo,

Que que essa manhã de domingo seja a

Minha derradeira, ainda que um fragmento

De uma verdade, amo e sou amado, visto

A roupa que ainda me ilude e me ponho

A pensar do futuro. Então sou dois, o rasgo

E a emenda, a fenda e a cola, lembro de

Sua boca, o beijo só vem na memória,

Que sangra como um milharal plantado

Em terras de cobre no coração dos

que, da alegria já provaram.