Desnuda e bela,
Sigo em poesia,
Versos calados,
Asas partidas.
Florescem letras
Miúdas no jardim
Da resistência.
Vem um poema,
Feito de carne e sangue,
Um coração no peito,
Bate em desalinho,
Numa canção de amor.
Deito em versos,
Minha alma impura,
Calejada de existir.
Um verso cai,
Uma gota de suor,
Verte lágrimas.
Horizonta-me um sol,
No terno entardecer,
Uma pequena morte!
E chega a noite,
Corpo e alma freiam,
Num eterno,
Renascer das cinzas,
Mulher eu temo em
Ser!