na floresta
Na floresta, o escuro e claro
Não se sabem quem, sob as copas da arvores,
Entre as vidas ali, a vida dela se
Aquecendo para o amanhã,
Uma lâmina de frio e agonia
Cospe para o céu o que seria a fruta madura
Uma fogueira queimando
E da sua maçaroca de gases e fumaças
A linguagem se esforça para ser
A lembrança desse dia, como uma
Como um feiticeira a colocar sobre
A mesa o tormento que é a força
Motriz de toda porta que foi aberta.
Não sabe ainda o amor do homem,
Mas sabe fazer mel com madeira seca,
Sabe do orvalho, o seu veio mais maternal
E tem com ela, que da vida, nada se fala
Salve, atravessá-la, seja palpitante, seja
No abatimento do crepúsculo.