Poesia para não se ler de noite
No manto escuro da noite, um poema se revela,
Um desconforto sutil, uma história singela.
Com palavras entrelaçadas, segredos por desvendar,
De adoração eterna, euforia a aflorar.
A solidão abraça, sem a presença do que falta,
Insegura a escrita, o receio que não acalma.
A alma hesita, entre versos de resistência,
Supera as barreiras, buscando sua existência.
E ao amanhecer, qual raio de sol beijando a flor,
Encontrando o olhar, desvelando-se o fulgor.
Em nuances sutis, como um sopro de brisa,
Com suspiro profundo, a sensação se enraíza.
Palavras não ditas, escondidas com fragilidade,
No silêncio cúmplice, agora entrega-se a verdade.
E ao romper do dia, o sol encontra o horizonte, afoite,
Trazendo a tona, a poesia para não se ler de noite.