Rotina

Café e dados

Lances de escada e passos descuidados

Um sol ardente e caminhos esburacados

Os homens que aguardam para serem enlatados

As janelas abertas e os cabelos bagunçados

Um tráfego lento e motoristas estressados

Buzina, vento e poeira

Alarmes que avisam estudantes atrasados

Mochila nas costas e semblantes cansados

Uma quase alegria por mais um checkpoint alcançado

Mil combinações e mais um coração desperdiçado

Retornando à partida, bato na porta do alívio

Finalmente de volta à minha prisão sem grades

Onde converso com os que permanecem calados

As pilhas de caixas e os livros enfileirados

Uma voz que canta anti os instrumentos desafinados

Risos de tristeza estampados nos porta retratos

E uma mesa vazia onde se sentam os condenados

Por um momento, paralisando o tráfego de pensamentos confinados

Riscando os pratos, sedentos e desesperados

Antiguidade é posto, já diziam os antiquados

Me ponho em ponto morto, assim seguindo os que estão parados

Limitados pela falta de conexão

Cortinas fechadas e segredos de estado

Contando filas de ovinos em mais uma noite acordado.

M B
Enviado por M B em 13/07/2023
Código do texto: T7836128
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