Asas de poesia
Distraidamente, um amor foi tangido pelo tempo, enviado do destino, pousou diante da flor, caída, quase sem vida, que à sua atenção chamou... aos poucos, com jeito tímido, dela, se aproximou. Sonolenta, triste e quase sem vida a flor desfeita, com pétalas espalhadas, algumas mais frágeis, pelos ventos, levadas, quando sentiu a força do amor... despertou. Sem jeito, quis fugir, e não achou, nem quis a saída.
Em um voo perdido, com asas de poesia... o amor pensou um pouco e decidiu, a flor, ajudar, um perfume triste, da flor exalava, a sua alma podia sentir, paciente, dia após dia, com carinho, proteção, disse; Flor, a sua dor vai passar, eu mesmo irei curar. Curou.
Todos os dias, com poesia ele vinha regar a flor, juntava pétala por pétala, enquanto as próprias asas um tanto quebradas, pelas tempestades da vida, por um voo que cessou, estavam meio caídas, mas dela, ele cuidava.
Tem asas que quando se quebram diante das tempestades, fazem se perder as forças... agora a flor quase refeita, por ele apaixonada, em asas se transformou e com ele para sempre voou. O tempo foi passando, plena, a flor foi aterrisando, com pétalas e asas perfeitas, amando as asas do amor, que um dia o destino para ela enviou, deu um sorriso, olhou outra vez em seus olhos, lhe faz juras eternas, de um grande amor.
Liduina do Nascimento