Ao descer as escadas

Da vida...

Recolhendo destroços de um coração partido ,

Uma única centelha de 

Uma respiração contida.

Repouso final, imortal.

A alma canta, sonora,

De um passado presente, vivo a pulsar.

Desço mais um pouco,

Já não posso ver,

um instante no futuro,

Incerto...

Pouso mais uma vez,

na chama que queina,

Minhas mãos, ressequida.

Frágil testemunha do tempo.

A escada parece mais longa, íngreme.

Desconexa e incerta.

Levará a um mundo

sem ilusão...

Daqui espero com exatidão. 

 

Ana Pujol
Enviado por Ana Pujol em 13/07/2023
Código do texto: T7835922
Classificação de conteúdo: seguro