Úbere celestial
creio existir um mamífero supremo
não desmamado para todo o sempre
que em sua una e infinita elegância
traje a mais secular das vestimentas
que enche de luz viva o seu âmago
e o mantém misturado à escuridão
pra que caminhe em espiral segredo
e ascenda às sagradas tetas celestiais
de onde verte, intensa, a Via Láctea
e as chuche, divina e diuturnamente
até que se farte e até que lhe escorra
nos tão distantes cantos da sua boca,
sim, eu creio!
-- esse poema foi publicado em meu blog pessoal (https://antoniobocadelama.blogspot.com/) em 12/7/23 --