Oito pernas

A aranha se assanha

Pensa e sonha

No retorno da manha

Joga teia em linha

Aguardando risonha

Para uso da peçonha

Não se envergonha,

Arma-se em campanha

Para ter o que tinha

Sua fome é tamanha

E, a quem se oponha,

Não ataca sozinha

Juntas na façanha,

Outras ouvem a senha

Atuando de forma estranha

Mas,

A presa não se embrenha,

Sem temer a medonha

Levanta e se arreganha

Assim, essa ferrenha

Em luta se empenha

E termina com a vergonha

Agora ela definha,

Oito pernas sem unhas

Em um creme de espinhas.

rimedor
Enviado por rimedor em 11/07/2023
Código do texto: T7834683
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2023. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.