CRÔNICAS PASSAGEIRAS
Desses passos, que mal dados,
Eu trafego,
Sortilégios de um trágico roteiro,
Sorrateiro, meu algoz me acompanha, sombra insana,
Balbucia despalterios em sonetos,
sonolento, acredito ser um sonho,
Um maldito pesadelo enfadonho,
Que repete, como sina de coveiro,
Toda vez que meu resmungo da de ombros,
Mas a mórbida procissão dos calcanhares,
Continua, indiferente a própria sorte,
Esperando, um alento complacente, indecente!
Ou simplesmente um beijo da boca morte.