(DES) GOVERNO!
Em cada amanhecer, quanto mais
O tempo passa e se distância em anos,
Grande é a dor e a decepção dos olhos,
Que contempla o descaso,
Diante de atos e atitudes
De quem não tem que compromissos!?
E vemos ruas mal cuidadas,
Rodovias, de tão acintoso desmantelo,
Que é retrato dorido de tanto desgoverno,
Que tem sua face beijada pelo calor
De rodas quentes que faiscam
Querendo chegar velozes a campos santos.
E assim, sonhos são desfeitos,
Em corações cidadãos que envelhecem,
E não contemplam seus sonhos realizados!
Mal amados, mal cuidados, subsistimos,
Através da sina e da lida,
Teimamos proteger a prole,
Que jamais é vista por tais promessas,
De quem só quer furtar o direito,
E à todo custo, mesmo assim,
Sobreviventes com forças de náufragos...
Inda insistimos em respirar...
Para um dia, talvez, contemplar
A felicidade... Cada vez mais fugidia!