(DES) GOVERNO!

Em cada amanhecer, quanto mais

O tempo passa e se distância em anos,

Grande é a dor e a decepção dos olhos,

Que contempla o descaso,

Diante de atos e atitudes

De quem não tem que compromissos!?

E vemos ruas mal cuidadas,

Rodovias, de tão acintoso desmantelo,

Que é retrato dorido de tanto desgoverno,

Que tem sua face beijada pelo calor

De rodas quentes que faiscam

Querendo chegar velozes a campos santos.

E assim, sonhos são desfeitos,

Em corações cidadãos que envelhecem,

E não contemplam seus sonhos realizados!

Mal amados, mal cuidados, subsistimos,

Através da sina e da lida,

Teimamos proteger a prole,

Que jamais é vista por tais promessas,

De quem só quer furtar o direito,

E à todo custo, mesmo assim,

Sobreviventes com forças de náufragos...

Inda insistimos em respirar...

Para um dia, talvez, contemplar

A felicidade... Cada vez mais fugidia!

Claudio Dortas
Enviado por Claudio Dortas em 10/07/2023
Reeditado em 13/07/2023
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