Estrangeira de mim
Também não sei se a noite chegou
vestida de si mesma,
ensaboando minha pele,
olhos e boca da alma de escuridões...
Mal a vejo das grietas onde me acho...
Como saber se lançará amanhãs
como sombras de si mesma
ou se o dia virá extensamente real?
Talvez tudo seja só uma lembrança do nada,
uma extensão de um pensamento meu...
Há dias e há noites...
e o tempo me cruza travessias
que nem sei mais em que porto
estrangeiro e longínquo vou aportar...