poema da carne tremula
Chegando a noite já não vemos a esperança
Que acostumado está cravejada no clarão do dia,
Não sabemos que parte desse mundo grande
Os nossos pés latejam, o uivo corrompido pelo
Medo vem até a incubadora da fala, mas a essa
Altura já nos perdermos pela vergonha, somente
As criaças pode chorar o que não se pode dizer,
Somente o sono justificaria um despertar tão infame,
Creio que já não durmo, mesmo que a crosta em
Que vivo se arrasta pelas profundezas do que pensava,
E eu, mesmo sem fé sou abrigado a me largar nessa queda.
É tão cansativo resistir, mas, pensando bem que graça
Seria uma vida onde já sabíamos do impacto de nosso
Corpo, ou de nossa indolência no chão ainda virgem,
Com sua escuridão tão natural como assombrosa,
Poderia dizer que o abismo somos nós, então seríamos
Uma festa, apenas conhecendo um quarto distante da
Casa, nos explodiríamos em volúpias na carnes trêmulas que
o sexo cisma em não matar, mas minha coragem
É do meu tamanho quando avisto uma galáxia
Que já não nos pertence