Das Suas Cartilhas Desbotadas

Cansei !

Cansei !

Cansei de seguir passos conduzidos pelo olhar do outro

Olhares que me anestesiaram

Me adormeceram com medo de mim mesmo

E quanto perambulei

A ermo, cego, surdo e mudo de mim mesmo

Cansei quando percebi o quanto distante de mim estava, morador do meu corpo

Corpo esconderijo de mim

Corpo caverna de minh'alma

Corpo cemitério de corpo vivo

Cansei de seguir desorientados por minhas desorientações tolas

Cansei a partir do momento que me despreocupei com a pergunta :

Quem eu sou?

Quem sou eu ?

A partir daqui sigo outros caminhos ainda não feitos

Mas, quem eu quero ser

É o meu lema guia Estrela Mor

Astro guia

Caminho Maior

O que eu quero ser ?

E aí, eu independo de tuas cartilhas desbotadas, sebosas, desenxavidas, encaixotadas em gavetas cheirando encontre com gosto bolorento, que nem a você lhe serve mais !

Mas, você não peecebe

Cansei !!

Cansei !!

Cansei !!

E mesmo cansado, eu percebo

que eu posso ser quem eu quiser

Ser

Diferente de você

Distante dos teus empecilhos

Bem distante dos teus dogmas maltrapilhos de você mesmo

Seus embaraços e tropeços mirabolantes

Sou quem eu quiser ser

Sou quem eu quero ser

E independo do teu olhar dogmático

Pernóstico e sarcástico

Do seu olhar parasita

Olhares que só fazem mal tão somente a você

E agora - descansado estou !!

Rindo de você nas frias e feias

Cheirando podridão

Sem cor de Poesia

Raimundo Carvalho
Enviado por Raimundo Carvalho em 09/07/2023
Reeditado em 10/07/2023
Código do texto: T7833081
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