Alvorada

Alvorada

Todos os dias renasço por dentro

Abraço o mundo e me entrego ao vento

Megulho no eu profundo que me alicía

Gosto de mim e da minha própria entropia

Guardo as estrelas que foram lençol

Abro um sorriso raiado do astro sol

Lavo a pele de alabastro com orvalho de cristal

Sacudo a incerteza com um suspiro mental

Respiro para ter a percepção à minha volta

Sou mulher feliz que caminha leve e solta

Voo e rasgo as nuvens caiadas de branco

Para que as chuvas caiam e dilua o pranto

Ando por aí nua para que ninguém me veja

Por isso à noite sou a lua que tanto poeta deseja

Luísa Rafael

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Porto, Portugal

Luísa Rafael
Enviado por Luísa Rafael em 09/07/2023
Código do texto: T7832991
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