Alvorada
Alvorada
Todos os dias renasço por dentro
Abraço o mundo e me entrego ao vento
Megulho no eu profundo que me alicía
Gosto de mim e da minha própria entropia
Guardo as estrelas que foram lençol
Abro um sorriso raiado do astro sol
Lavo a pele de alabastro com orvalho de cristal
Sacudo a incerteza com um suspiro mental
Respiro para ter a percepção à minha volta
Sou mulher feliz que caminha leve e solta
Voo e rasgo as nuvens caiadas de branco
Para que as chuvas caiam e dilua o pranto
Ando por aí nua para que ninguém me veja
Por isso à noite sou a lua que tanto poeta deseja
Luísa Rafael
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Porto, Portugal