A escrita e os livros
Quando aqui dentro
a mulher se sente cansada,
entra em cena a poeta
e diz: deixa comigo
que esse enredo,
transformo em poema.
Não sou nem louca
de ousar desobedecer.
Mas, se lá na frente
tanto a mulher,
quanto a poeta,
cambaleiam,
surge a menina,
agarra um livro
e se entrega à magia
da leitura,
vivendo uma espécie
de "Felicidade clandestina".
E nem se atreva
me perguntar,
"Onde estivestes à noite?"
Nem queiras perscrutar
se vivo "Uma aprendizagem
ou o livro dos prazeres",
enquanto sigo no meu
"Desassossego"
procurando entender
"Esse ofício do verso".