A escrita e os livros

Quando aqui dentro

a mulher se sente cansada,

entra em cena a poeta

e diz: deixa comigo

que esse enredo,

transformo em poema.

Não sou nem louca

de ousar desobedecer.

Mas, se lá na frente

tanto a mulher,

quanto a poeta,

cambaleiam,

surge a menina,

agarra um livro

e se entrega à magia

da leitura,

vivendo uma espécie

de "Felicidade clandestina".

E nem se atreva

me perguntar,

"Onde estivestes à noite?"

Nem queiras perscrutar

se vivo "Uma aprendizagem

ou o livro dos prazeres",

enquanto sigo no meu

"Desassossego"

procurando entender

"Esse ofício do verso".

Zenilda Ribeiro
Enviado por Zenilda Ribeiro em 08/07/2023
Reeditado em 08/07/2023
Código do texto: T7831967
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