Sinfonia Dissonante
No crepúsculo da despedida,
A melancolia se aconchega no meu peito,
Palavras são sufocadas, lágrimas são contidas,
Resta o Eco do adeus imperfeito.
A bruma dos sonhos são desfeitos,
E a alma se perde na distância,
O vazio se instala, sem dar preceitos,
E o coração se afoga em sua ânsia.
Despedidas são notas dissonantes,
Sinfonias que rasgam a paz do peito,
Fragmentos, lembranças agonizantes,
Que se dispersam pelo tempo sem jeito.
Na tristeza do último olhar,
As palavras se calam, o silêncio prevalece,
Os abraços se desfazem no ar,
E a dor se entrelaça à alma que esmorece.