PASSA... PASSA...

 

Passam meses, passam anos,

e o tempo por baixo dos panos

vai tecendo, cresce, cresce,

está sempre caminhando,

nunca, jamais, adormece.

Eu fico aqui suspirando

entre soluços e preces,

olhando o sol no poente,

o dia no seu nascente,

oscilando com o vento,

e a cada movimento

da terra que gira comigo,

mas me deixa ao desabrigo:

como eu ela envelhece.

Que fazer? Nada a fazer.

Tudo tem que acontecer.