Amanhecida sem inspiração...

A menina que nos inspira nao apareceu.

Banhar-se em outro lago.

Fazer traquinas poéticas,

Em outra paragem. 

Dia de frio, seco, murcho.

Nem as diabólicas letras 

Surgiram, na mente cansada...

Jogando pedrinhas no pensar, ondulações de versos, desapareciam.

Já anoitecia em mim, os pássaros poemas, se despediram, imagens distorcidas...

Foi entao , que bailando,

ela chegou, cantarolando também. 

E eis que um verso brotou...

Tão nítido e claro, surgiu assim:

Passariando eu vim,

Andorinhas do verao,

Não pousam mais aqui.

 

Ana Pujol
Enviado por Ana Pujol em 05/07/2023
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