Abrir os olhos
Tudo é negado quando abrimos os olhos. Ao fechar, tão logo tenhamos acesso a escuridão, serve-nos aquele frescor da felicidade. No escuro, acendemos a nós mesmos e, podemos sê-lo, eletricamente.
Ao abrir os olhos o que resta? Perseguição e até apagamento. A escuridão é circunstância de ser, onde ele mesmo se recolhe sem a luz. Imerso na escuridão, questões são superadas, textos incríveis são codificados, ilusões maravilhosas são apresentadas. Tudo, absolutamente tudo pode ser.
Não se trata de programar artifício do escuro, se trata de pegar uma balsa, partir e chegar, separar, sorrir. Tudo é controlado. Entrar na escuridão é ser humano. Acordar já é seguir passos. É claro que, assim como esse texto, passos e sinais são dados.
Dá-se um sinal: Fraco ou forte, suspiro é sinal. É a estrela que chega. Devo guardá-la? Peço que venha até mim, que continue, que faça o sinal. Por fim, somemo-nos em pulsos, para além da metade nas terças, vontade manifesta.