PARA SENTIR QUE EU ESTOU VIVO
Meus dedos reclamam de cansaço
E as teclas seguem na mesma toada
É que eu preciso de um motivo
Para sentir que eu estou vivo.
E lá vem o primeiro verso
Como um big bang
Dando origem a um universo
Então rabisco alguma estrofe
Enquanto lá fora tanto chove.
Estar vivo é mais que um motivo
Pois a vida tem mil facetas
E para cada faceta um poema
Aqui vai um de saudade
Daqui a pouco outro de prazer
A angústia ou a alegria
Depende da imaginação
Muito mais que de como
Está indo o meu dia.
E quanto mais eu escrevo
Mais eu me vejo
Como se os caracteres
Na tela do laptop
Fossem cacos de um espelho.