No cadafalso

Vivemos ávidos da vida

à vista

das várias vertentes

vamos

O espinho crava na derme

cedinho descobrimos

o insaciável verme

Das asperezas aprendemos

esperar pela perda

pela poda

Agimos agastados

de joelhos dobrados

A resposta última não demora

demora a aposta

na próxima moda

Morre-se num átimo

no sopro

Vive-se no cadafalso

sem escopo