O Poço de Thanatos
Um poço foi cavado em tempos antigos,
E do fundo de sua garganta imunda
Jorram pestilências de um solo apodrecido
Os vermes correm no seu frio abismo
Morada dos mortos em trevas sombrias
Nesse lar da desolação, um pacto foi forjado
Esqueletos e vermes num abraço mortuário
Das profundezas de sua garganta suja
Sobem lamúrias, ouve-se os gemidos
Multidões inteiras enterradas em horror
Esquecidas pelo mundo, soterradas pela dor
Seu fundo é mistério fúnebre
Assembleia das larvas famintas
Todos temem seus segredos arcanos
Que nenhum mortal ousa desvendar
Lá embaixo a morte ergueu sua morada
Ossos se acumulam em montanhas alvas
Uma dança macabra de esqueletos sem nome
A turba de eras diferentes se encontra
No abraço gelado do luto e da aniquilação
O deus Thanatos sorri,
Pois seu ofício está em curso;
Ó maldita garganta faminta
Continuas a devorar pelas eras sem fim.