Felizes

Felizes os que não vendem a alma ao diabo

Que não cedem a favores por um trocado

Que não vivem aparentes amores apenas por dinheiro

Que não se movem impuros com um fim interesseiro

Felizes os que despem a pele e se mostram em pureza

Os convictos dos seus ideais e lutam pela sua certeza

Os justos sem medos que defendem os oprimidos

Os que curam com sorrisos que tocam os ouvidos

Felizes os que não cedem à voz anestesiada da multidão

Que não esquecem a essência que mantêm no coração

Que não sufocam a consciência e fazem orelhas moucas

Que não se importam da irreverência das palavras loucas

Felizes os que são leves e voam em liberdade como um balão

Tem cores alegres de felicidade sem estar presos por uma mão!

Luísa Rafael

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Porto, Portugal