Deserto marinho
Navegando sobre o mar
O homem seguia
Transbordando energia e confiança
Seduzido pela brisa
Pelo esplendor do oceano
Ele seguia
Enfrentava fortes ondas
Nefastas tempestades
Via seu amor se enfraquecer;
O navegador, porém, era determinado
Obstinado
Ele seguia
E então,
ao sentir a fome dilacerar seu ventre,
ao sentir sua boca evaporar de sede,
ao notar a radiação corroer sua pele
Ele parou
Grandezas diabólicas
Frutos da escuridão atlântica
Devaneios soturnos
Revestidos de medo
Sedentos por medo no mar infinito
Uma frágil alma,
Despreparada e iludida
Pelo azul sobre azul
Gritou a voz de mil homens
E ninguém o ouviu...
Elas seguiram