Enigmas invisíveis
Recebo tuas mensagens em vultos corriqueiros
Carregando teu choro em plasma
Ainda que constantes os paradeiros
Se fazem presentes, infelizmente
Presentes em lembranças e na falta de paz
Distante do fio que me liga ao real
O amargo em meus ouvidos se faz o tom natural.
Insolucionável é pra mim a falta de nós dois
Me fazendo assim cativo em tristeza
Queria ainda caminhar e servir ao vento lágrimas
Chegando a ser o louco, a falar sozinho
Mas tu me respondes em enigmas invisíveis.
Conversamos por todas as noites, e discutimos pelas manhãs
Refazendo pensamentos e palavras de afoite
Retardando assim o fim do sofrer
Revivendo todas as cenas de amor e ódio
Relembrando tudo aquilo que deixamos de viver.
Me conte os atalhos, por onde você escapou
Me encontre na esquina daquele último olhar
Distante da alegria que eu fingiria receber
Onde tu me aceitas por ser, e não por estar.