UM SALTO...
Um salto e meio no espaço... Mais meio salto
Para dentro... Eu perdidamente no tempo
Implorando algum exemplo... Inteiramente incauto
Do alto da ignorância minha eu contemplo:
Algum silêncio das coisas... Eu me arrebato
E no vazio do espaço... Como repleto vento
Eu me alimento do nada... E tudo eu malbarato
Para depois ficar despojadamente atento...
E como qualquer coisa que é de tudo isenta
Eu sigo como um nada que se alimenta
De um vazio que a poesia vem me preencher...
E assim sigo nas curvas que uma reta alinha
Nessa minha vida de poeta tão sozinha...
E que não vai morrer... Mesmo quando eu não mais
Me mexer... Me mexer... Remexer...
Autor: André Luiz Pinheiro
28/06/2023