Não sei se é insanidade
Não sei
Se é insanidade
Ou mesmo a loucura
Da saudade
Uma visão
Que me alucina
Um sonho
Que me destina
Ou simplesmente
Um teu poema
Juro
Que te senti
Docemente
Como uma pena
Suave
Que me toca
A pele
Um eco
De liberdade
Na vertigem
De um carrocel
Aquele cheiro
Que só o amor
Sedento
Tem
Numa volatilidade
Ardente
Doce mel
Aquela pausa
Num silêncio
Etéreo
Lento
E quente
De uma sombra
Com a luminosidade
Do mistério
Juro
Que te vivi
Por momentos
Numa brevidade
Eterna
Na flor
Dos sentimentos
De uma nova
Primavera
Tão feliz
E sincera
Mas diz
A quem tanto
Te espera
Se não eras tu
Meu amor
Então quem era?
Luísa Rafael
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Porto, Portugal