Conturbada imagem
Diante do espelho,
Distorcida agoniza.
Reflexo de tempos idos.
Passam décadas...
Já não me vejo assim.
Foram-se os dias ruins.
Agora, a figura deslumbra serena...
Não conta o tempo,
Suave é o delírio,
Calmarias em um peito
Que ardia emoções.
Triste é os dias que faltam...
Mas são encantados,
Como o canto dos pássaros, livres de grilhões.
O vento sopra mais uma vez, delicado.
É mais um dia que nasce, ensolarado.
Uma oportunidade de vida...
Por isto, diante do espelho do destino.
Insisto em viver.