Conturbada imagem

Diante do espelho,

Distorcida agoniza.

Reflexo de tempos idos.

Passam décadas...

Já não me vejo assim.

Foram-se os dias ruins.

Agora, a figura deslumbra serena...

Não conta o tempo,

Suave é  o delírio,

Calmarias em um peito 

Que ardia emoções. 

Triste é  os dias que faltam...

Mas são encantados,

Como o canto dos pássaros, livres de grilhões. 

O vento sopra mais uma vez, delicado. 

É  mais um dia que nasce, ensolarado.

Uma oportunidade de vida...

Por isto, diante do espelho do destino.

Insisto em viver.

 

Ana Pujol
Enviado por Ana Pujol em 26/06/2023
Código do texto: T7822834
Classificação de conteúdo: seguro