Caminhos

Tantos caminhos descobriu em meu corpo

tantas lendas para me desvendar

Era vereda, era caverna

era floresta, ou vice-versa

Perdido, voltava sempre

por onde já provara antes

e antes se perdera

Em sustos, por outros rumos

em medo, em mel, em fel

tantos desatinos!

Todos os caminhos abertos

sem jeito de voltar

perdidos ficamos, nós dois

entre murmúrios, sem depois...

Seu feitiço, meus ais,

a medo, a fogo

teus sinais

o céu, a sede e o sabor

que, estranho à boca

derrama-se em seiva

e se farta... e me sacio...

enfim, reencontramos o caminho

e seguimos juntos...

Francis Faria
Enviado por Francis Faria em 17/12/2007
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