Caminhos
Tantos caminhos descobriu em meu corpo
tantas lendas para me desvendar
Era vereda, era caverna
era floresta, ou vice-versa
Perdido, voltava sempre
por onde já provara antes
e antes se perdera
Em sustos, por outros rumos
em medo, em mel, em fel
tantos desatinos!
Todos os caminhos abertos
sem jeito de voltar
perdidos ficamos, nós dois
entre murmúrios, sem depois...
Seu feitiço, meus ais,
a medo, a fogo
teus sinais
o céu, a sede e o sabor
que, estranho à boca
derrama-se em seiva
e se farta... e me sacio...
enfim, reencontramos o caminho
e seguimos juntos...