Dalgum inebriado

ora prazer de aliviar a dor

inebriante, esse meu vício

tão doce, como precipício

de me arremessar, voador

e a dor soçobrará o prazer

em lápide, eu já desconfio

beba em paz, meu epitáfio

mas só beberei até morrer

então envase, vivo sofredor

dependente do que esvazio

de copo, copinho e copázio

tênue fio entre deleite e dor

meu vício é assim um vazio

um vazio de esconder vazio

Texto publicado em meu blog pessoal (https://antoniobocadelama.blogspot.com/) em 26/06/23.

Antonio L
Enviado por Antonio L em 26/06/2023
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