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É místico, bem sei
Algo que foge à explicação
Sem parâmetros científicos
Sugere algo extraordinário
Um elo formado
Em enredos de um passado
Enevoado e longínquo
Traz em si matizes daquilo
que anteriormente foi traçado
Dizem uns, carma vivenciado
Outros, escolhas que fazemos
Livre arbítrio, nosso ato
Depende de cada um
Mas tem causa e efeito
Inexplicável! Contraste!
Seria esse o caso?
Baseada nas vivências
Permeada de venturas e carências
Como desmistificar esse enredo
Onde oscilamos entre
O mais e o menos
Num mar revolto de enleios
Desejos, cismas e medos
Inferir eu só me atrevo
Custa me aceitar o tal manejo
De que a desventura seja então
Lição de um chicote do tempo
Com esporas que promovem
Uma ditosa reformulação
Ó! Eu que nada entendo
Vivo meus dias em apelos
De que nada disso é eterno
E que tanto o desalento
Quanto a ilusão são a meu ver
Eventos inevitáveis mas efêmeros