Outrora vida rastejante.
Por décadas num casulo,
movimentos calados,
ranhuras, fissuras e escuridão.
Agora eis o parto, a transformação...
Corpo úmido que desabrocha, enxerga a luz, sente o vento.
De um ventre oco, asas se libertam.
Um parir sem dor, mudo, inexato.
Transformada para um voo infinito.
Efêmero porém livre de contenções, amarras.
Um corpo agora leve e passificamente , belo.
A mente aberta recebendo o sal e o sol da vida!