Outrora vida rastejante.

Por décadas num casulo,

movimentos calados,

ranhuras,  fissuras e escuridão.

Agora eis o parto, a transformação...

Corpo úmido que desabrocha, enxerga a luz, sente o vento.

De um ventre oco, asas se libertam.

Um parir sem dor, mudo, inexato.

Transformada para um voo infinito.

Efêmero porém livre de contenções,  amarras.

Um corpo agora leve e passificamente , belo.

A mente aberta recebendo o sal e o sol da vida! 

 

Ana Pujol
Enviado por Ana Pujol em 22/06/2023
Código do texto: T7819986
Classificação de conteúdo: seguro