Entre rosas e espinhos

Entre rosas e espinhos

Adormeço a alma lentamente com os olhos fechados

Que te acolhem docemente numa cela de pecados

Fecho-me e escuto a voz da intimidade

Em cânticos enamorados de uma bela intensidade

Correm lágrimas saudosas de pétalas caídas

De cravejados espinhos em rasgadas feridas

Golpes dilacerados em forma de coração

Desenhos tatuados de carinhos pela tua mão

Mas o teu cheiro perfumado permanece

Num beijo de molde feiticeiro que não esquece

De toque de lábios vermelhos de textura sedosa

Numa ternura envolvente de uma paixão fogosa

E nos trilhos de pedras e margens verdejantes

Corre uma fragrância de rosa da pele dos amantes

Que na distância se encontram em rotas serenas

Nas linhas harmoniosas de esvoaçantes poemas

Luísa Rafael

Direitos de autor reservados

Porto, Portugal

Luísa Rafael
Enviado por Luísa Rafael em 22/06/2023
Código do texto: T7819919
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