ACHE-ME
Vejo pelos olhos dela
A vida lá fora
me existindo…
entre esse instante e o agora
vejo o tempo de outrora
me iludindo
o vento a vestir minha roupa
de domingo
segunda-feira senhora
me consumindo
vejo pela minha janela
O que não vejo
pelos olhos dela
a vida fingindo…
diluindo…
fotografando semblantes
de sonâmbulos errantes
lendo sonhos amputados
em jornais e revistas do passado
em nossos desencontros cremados
de um "inexistir" anunciado…
… dentro de mim elucidado.