Não se pode prosseguir
Não se pode prosseguir
Caminhando na chuva
As armas engatilhadas
Apontam para as cabeças
Cérebros derretidos
Sonham delícias de silicone
Sombras envenenadas
Torcem o osso do capital
Decapitados anseiam
Pela chegada do vendaval
Olhos abruptos
Arregalam os sonhos
Tecidos no silêncio
Do veneno das manchetes
Que anunciam novo caos
Que goteja dia a dia
Na intempérie dos infelizes